quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Bendita cafeína


Foi um "até amanhã" longo, pronunciado com a certeza de que essa iria, também ela, ser uma looonnga noite. Ali estava eu num espaço relativamente familiar mas não naquelas circunstâncias - sozinha e à noite - 2 palavrinhas que faziam toda a diferença. Sentei-me na cadeira como que me autoconvencendo que o café previamente bebido teria mesmo que fazer o efeito pretendido. E ali esperei que o trabalho chegasse. Não durou muito tal pensamento. Entre meia dúzia de antibióticos e anti-inflamatórios estava tudo novamente naquele silêncio arrepiante. Um bocejo traiçoeiro relembrava-me mais uma vez que o meu lugar naquele dia e naquela hora seria decerto a minha santa terrinha - vale de lençois - e não propriamente ali!! Acendi o rádio à procura de companhia, alguém que também tivesse a trabalhar naquela noite escura e fria, algo que ofuscasse os inúmeros barulhos que inventamos e ampliamos em situações semelhantes. Movida a cafeína (bendita a alma que a isolou e descobriu tais efeitos!!) lá ía conseguindo desvendar prescrições (coisa complicada mesmo acabadinhos de acordar, quanto mais às 3 da manhã!!!), preparar antibióticos e fazer trocos. Quando a cafeína me começava a atraiçoar, lá se davam a descobrir os primeiros rasgos de luz. A noite estava a acabar e o primeiro serviço também. É certo que não preguei olho... mas uff!!! estava passado... e agora... venha a folga....;-)


Nota: Parece que o café veio das Arábias para a Europa em meados do século XVII... alguma coisa de bom que venha daqueles ares!!!

5 comentários:

Anónimo disse...

Foram sem dúvida umas longas horas, passadas num local familiar mas em circunstâncias diferentes, tendo por companhia apenas a bendita cafeína. Por isso mesmo, e após repetidos bocejos, foram mais que merecidas as 16 horas de sonho que se seguiram a tamanho esforço.

***

Nuno P. disse...

De aroma inconfundível, de manhã desperta-nos a mente e o paladar, a tarde embala-nos o espírito e a noite faz-nos companhia, quando temos que esperar pela manhã que, por vezes, parece não querer chegar. Moído ou em grão, expresso ou filtrado, curto ou numa grande chávena, com ou sem açúcar,mais intenso ou mais suave, Arábico, Americano ou Africano, há para todos os gostos e feitios e cada vez mais se torna uma presença constante e obrigatória no nosso quotidiano.
São sabores que nos levam para lugares desconhecidos, sabores que caiem bem em qualquer conversa seria, alegre ou mesmo romântica.

Viva esses momentos mágicos, as noites longas e os nasceres do sol apaladados com aroma a café!


Big kiss!

Anónimo disse...

Sacrificios da vida né?!
Que bom que o trabalho corre bem, boa sorte Sofia!
Beijinhos*

Anónimo disse...

Herculea luta para permancer acordada quando diariamente uma multidão de gente invade a farmácia a precisar de uma ajudinha para dormir. A vida tem sempre uma pitada de ironia.

Sophie disse...

apk:
Como tão bem tu me compreendes e testemunhaste tamanho sonoooo...;-)

Bjinnhhoosss*****


Nuno:
concordo, mais uma vez, cai bem em qualquer conversa e em grande parte das companhias... apesar de não ser cafeíno-dependente há que, sem dúvida, dar-lhe um grande mérito....:-)

Bjinhossss***


Musician:
Hà que por as notícias em dia... para quando o nosso cafezinho??:-)
Bjinhoss***

The lone pharmacist:
Uma pitada? Diria mesmo que a vida está cheiaaa desses temperos...:-)
Bjs***